quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Respostas

Sei todas as perguntas, e sei todas as resposta. Sei porque elas estão dentro de mim.
Só não sei é se as quero mesmo juntar, uma pergunta certa, com a resposta correcta.

E valerá a pena saber essas resposta? Valerá mesmo a pena, saber o que é certo ou errado?
Eu mesmo sabendo as resposta certas acabei por fazer tudo errado.
Mas não é isso que me esta a deixar(...) como dizer(...) baralhado, é a sensação que tenho,
que à medida que vou juntando a pergunta certa com a resposta correcta me vou afastando cada vez mais dela, e eu não me quero afastar dela.

E a única pergunta, à qual eu não posso ter resposta, a que me daria paz a todas as perguntas,
a resposta certa para mim, a que me faria correcto novamente, essa pergunta, eu não a posso voltar a fazer, porque tenho tanto medo da resposta.

Ser, ou não ser, eis a questão. Pois, e afinal o que quero eu ser, e o que não quero eu ser?
Eu antes, até sabia, quer dizer, pensava, que sabia o que era, pensava que sabia o que queria ser, eu pensava que queria aquilo, e também pensava que ia fazer isto, mas agora, eu gostava de poder voltar a pensar que era aquilo que eu queria fazer, eu gostava de voltar a pensar que era aquilo que eu era, eu gostava de voltar a fantasia do ser eu, e agora que acordei, o eu que sou, não quero ser.

É difícil sermos quem somos quando não somos quem achávamos que éramos, e quem nos pode dizer o que somos não nos diz, primeiro, e só porque, nós não perguntamos, e depois se perguntarmos, ninguém nos sabe como responder.

De uma maneira simples de compreender: pergunto por exemplo a uns amigos meus, quem sou eu? E cada um dele diz o que vê, o que ouviu, e sentiu, sobre, de e por mim, e será que esse sou eu? Mesmo depois de juntar todos os dados, toda a informação, de cada um dos meus amigos sobre mim, isso define-me? Serei eu, apenas um reflexo do meu eu nos outros?
A resposta desta pergunta eu sempre soube, claro que não, eu sou mais do que isso, todos nós somos muito mais do que simples reflexos na identidade dos outros, porque dê por onde der, diga-se o que se disser mostre-se o que se mostrar, nos nunca dizemos tudo, nunca mostramos tudo, nem deixamos sentir tudo.

Eu sei que parece estupidez para muita gente, "despir-me" assim, num blog, ficar vulnerável, deixar que saibam quais são os meus medos, as minhas fraquezas, que eu devia guardar isto para a pessoa que me ama, ou para as pessoas que gostam de mim, que estão ao meu lado.
Eu tentei, eu tentei mostrar-me assim a alguém que amava, mas fui mal compreendido, agora, mostro a todos porque não quero ter medo, e não tenho medo, porque não há nada que possam atirar contra mim, dizer sobre mim que me possa magoar, porque isso faz parte de mim, é aquilo que eu deixei que vissem de mim, logo sou eu.

Gostava de conseguir acreditar com mais força nisto, ou então não passa de outra das minhas mascaras, e não servirá de nada, é só esperar que venha a próxima brisa, e lá se vai o meu castelo de cartas outra vez.

0 comentários:

Enviar um comentário

Digam Horrores, não nos poupem ao Drama que é a vossa Trágica opinião!