quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Inevitabilidade

Texto elaborado quando me encontrava no meu 11º ano de escolaridade, após um desgosto amoroso. Peço desculpa pelos erros gramaticais, mas optei por me manter fiel às palavras originais.

The inevitability of our last departure drives the majority of us, mortals, to defy the true meaning of inevitability. All try to overcome expectations of mortality in belief of some kind of escalation on the ladder of spiritual evolution. Each one chooses his own path to ascend. I believe life has but nothing of engorgement, all points to the contrary, but yet if this episode, in mankind almost insignificant is unfortunately so filled with grief and feelings that most rarely point to positivity, why should we try to escalate this ladder? Is it the right thing to do? Is there anything right or wrong? Isn't everything always right in the eyes of whom executes? I no longer feel eagerness in prevailing, in overcoming mortal expectations. I only feel eager to reach the inevitable.

Tradução:
A inevitabilidade da nossa última partida move a maioria de nós, mortais, a desafiar o verdadeiro sentido da inevitabilidade. Todos tentamos exceder as expectativas da mortalidade na crença de algum tipo de escalada numa escada de evolução espiritual. Cada um escolhe o seu caminho para ascender. Eu acredito que a vida não tem nada de pleno, tudo aponta para o contrário, mas ainda se este episódio, na humanidade insignificante é infelizmente tão carregado de sofrimento e sentimentos que raramente apontam a algum positivismo, porque deveremos nós tentar escalar esta escada? É a coisa certa a fazer? Haverá alguma coisa certa ou errada? Não é tudo sempre certo aos olhos de quem executa? Já não sinto entusiasmo em prevalecer, em sobrepor as expectativas mortais. Apenas sinto entusiasmo em alcançar o inevitável.

Texto escrito por: ZeNz0r (Ano lectivo 1999-2000)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Vazio

Reina a calma, por fim, num coração dilacerado por uma paixão arrebatadora, predominando assim um vazio imenso e silencioso, como se tudo, de repente, se tivesse tornado como nos filmes de antigamente: mudos e a preto e branco.
O mar canta agora melodias tristes, cinzentas e violentas como nos dias de tempestade.
O céu, outrora azul e luminoso, cobre-se agora de um luto pesado, chorando a tristeza cantada pelo seu querido mar.
Tudo é tristeza e escuridão a seus olhos... Apenas uma luz pequenina tenta romper e sobrepôr-se à noite que perpétua no seu mundo. Mas tenta, apenas. Pois as forças faltam-lhe e o ar torna-se rarefeito ao longo do seu doloroso caminho.
Talvez um dia tenha forças suficientes para triunfar sobre a pesada noite que a encadeia e, talvez nesse dia, o mar cante alegres melodias e o céu se vista novamente daquele azul harmonioso de perder vista.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Liberdade

Mas quem disse que a nossa liberdade foi conquistada com o 25 de Abril??
Liberdade de expressão? Mas que no entanto não nos deixa falar de tudo o que sentimos. Liberdade de expressão para com quem? Se nem a pessoa que amamos podemos ter a liberdade de o dizer.

A nossa liberdade acaba quando começa a do outro, palavras de alguém sábio. A nossa liberdade acaba a partir do momento em que nos limitamos no que queremos fazer, porque apenas fazemos aquilo que podemos, ou seja, aquilo que os outros suportam.
Eu não sou livre, porque não posso chegar onde os meus sonhos chegam, porque não posso amar quem amo e porque muitas das vezes escondo aquilo que sou. Ninguém conhece ninguém porque ninguém pode ser livre a esse ponto.

Ontem deitei-me muito frustrada porque pensava neste mundo em que vivo e pensava no que as pessoas fazem umas às outras, no quanto nos magoamos, no quão falsos somos. A vida é muito curta e durante esse curto tempo o que fazemos? Praticamos o mal. Não podemos amar, e quando podemos fugimos porque não podemos confiar. Qual a razão de viver? Mostrar e provar a todos o quão não prestamos, o quanto não sabemos viver, o quanto não somos felizes? Eu indigno-me a viver num mundo assim e tenho pena que ele nunca venha a mudar.
No meio disto tudo, dou por mim com esperança, dou por mim a acreditar… Acreditar que pelo menos eu posso ter melhor, que posso mostrar a alguém o verdadeiro valor da vida, o que é amar, confiar e com isto ser feliz… Mas em momentos como o de ontem, também as duvidas me consomem por isso choro… Choro por ser insignificante no meio disto tudo e nada puder mudar, choro porque não posso ser livre e porque por mais que acredite não vejo. Dizem que acreditar é ir além do ver, é sentir, e eu sinto a maldade das pessoas, sinto aquilo que elas fazem, sinto o ódio e vejo o sofrimento, vejo a mágoa tanto de quem faz como de quem sofre, porque isto vem de trás, porque os que magoam agora já foram magoados e penso…o que fazer para mudar isso, porque é no acreditar que se pode mudar, que se conseguirá. Muitos dizem: não faças o que não gostas que façam a ti! Pois bem, porque não fazer realmente aquilo que dizem? São apenas palavras que de nada valem sem as acções, será que até se enganam a si próprios?? A resposta é sim. E eu penso, nasci no mundo errado, talvez nem devesse ter nascido porque no meu coração carrego sentimentos bons, sentimentos que não posso partilhar com ninguém porque ninguém os quer, porque não sabem partilhar. Ao ponto que o ser humano chegou!!! Haverá salvação? No meu coração sei que há. Salvarei eu alguém? Eu espero que sim, senão qual será de facto o motivo do meu nascimento? Preencher mais um espaço? Não quereria eu ter vivido se assim fosse…

As pessoas deveriam olhar melhor umas para as outras e deveriam valorizar mais aquilo que têm, um dia quando não tiverem será tarde demais, depois não terão como remediar, depois já não haverá lugar para a felicidade. O mundo traduz-se em sofrimento quando deveria ser uma dádiva… As pessoas não sabem viver…

… E essa é a minha conclusão!

escrito por: Maryline Christelle


Vida...

Viver e sobreviver sempre foi uma batalha constante...
Todos os dias lidamos com situações e pessoas as quais não entendemos, todos os dias desiludimos e somos desiludidos...e todos os dias perdemos coisas difíceis de perder... ou porque errámos ou porque erraram connosco... não podemos julgar porque por muito que nos tenham magoado também já magoámos... e é muito dificil emendar uma coisa que já tentámos tantas vezes...
As coisas acontecem porque errar é humano, desde que aprendamos com os erros, mas não vale a pena chorar o leite derramado, o que não tem remédio remediado está... resta nos preparar a próxima batalha, porque tudo é relativo e não saberemos o que nos vai acontecer amanha...
O que não nos mata torna nos mais fortes e com tempo tudo se esquecerá, ou pelo menos ajudar-nos-à a aceitar e a lidar com cada desgosto...

O que tiver que ser será...

escrito por: Maryline Christelle


para muito poucos, não para todos!

Quando uma coisa corre mal, tudo corre mal!
Mal temos forças para continuar, não temos forças para esperar...
Mas tudo melhora, nem q seja por breves instantes, pelo menos para termos um pouco de paz,
para descansarmos!

E quando isso acontece, sabemos que passado um tempo todo voltará a estar mal!!
E é nestes instantes que nos apercebemos daqueles que são ou que se tornam importantes para nós, são aqueles que não nos deixam desamparados e que estão lá para nos ouvir e nos distrair..São essas pessoas que nos fazem querer esperar pelo amanha. e que nos dão esperança de que tudo vai melhorar... Para mim essas pessoas são muita poucas...

E por isso o meu Obrigada por existirem. Também podem sempre contar comigo!!

escrito por: Maryline Christelle


saudade

Saudade!! palavra tipicamente portuguesa que embala grande tristeza..
Saudade dos tempos que já passaram e que não voltarão!
A saudade dói, a saudade fere, deixa uma ferida que não cicatriza!!
Saudade é despedida dos bons momentos ou pessoas que passaram pelas nossas vidas,
reflecte o tempo que não volta atrás!!

Tudo se vai, nada fica!! nada! a não ser a saudade...


escrito por: Maryline Christelle

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

ele

...não o suporto, não sei como é possível existir Ser tão desprezível, miserável, filho da puta comiserado.

Coitado... ali, sem rumo, perdido como...

À merda, levanta-te e vai fazer pela vida, nunca fizeste nada que valesse a pena, alias, não há nada que começasses a fazer que tivesses terminada, NADA.

Perdeu a alma, é um sofredor, dos que vêem o belo, deambulado na sua própria mente...

É o caralho que o foda, é a merda de não ser nada é o que é, é o ser medíocre em tudo e não servir nem para se limpar o chão com ele, que lixo, é isto um Ser Humano? Que tipo de Homem têm tudo? Ehm? Que merda de Ser este que pensa que é mais que os outros? Olha para ele agora, partido, como um cão vadio, escorraçado de todo o lado. Onde está agora o teu orgulho? ah ah ah Ehm? ai choras...

Cinzentos são os seus pensamentos, de sonhar tem medo, cabisbaixo caminha como se não fosse para lado nenhum, ou como se não tivesse para onde ir...

Dava pena se não metesse nojo, nem compaixão consigo sentir por Ser tão mal enfadado, apetece pisar como se pisa uma barata, alias, é essa mesma a sensação, a de se ver uma barata, aquele nojo, revolta, ataca-mo-la, temos medo receio, agoniamos quando sentimos o estalar do seu corpo por baixo do nosso pé, e depois vemos o que se tornou, um arrepio corre-nos a espinha, já não se parece muito como o Ser que tínhamos pisado, mas ainda lhe reconhecemos a essência, é isso exatamente que sinto quando o vejo...

Olha o horizonte com olhos marejados, sente vergonha de ter errado, de ter desapontado, e reflecte na sua vida, no passado, e no que será dele no futuro.

Pensadores do caralho, leva ali a não fazer nada, nada, nunca fazem nada, se fazem têm de pensar na merda que fizeram, é que demoraram tanto tempo a pensar naquilo que depois até se esquecem o que caralho estavam lá a fazer para começar! Fico fudido, é-lhes dado tudo, é só fazer, esculher um caminho e pronto, há coisa mais simples?

Vou morrer...

Vai morrer longe...

domingo, 13 de dezembro de 2009

alma

...ando à procura das respostas para as minhas perguntas nos outros, de solução para os meus problemas, nos problemas dos outros. Tento, e quero ver o meu reflexo nos outros, quero ver a minha cara, quero ser, o que os outros vêem. Ouço, e falo, digo coisas, e nada me sabe bem, nada tem sabor, já nem as minhas lágrimas são salgadas, ou isso, ou deixei de lhes distinguir sabor de tanto as provar. Não sinto pena, nem compaixão, nem prazer. Não tenho alma, não sei onde a deixei, nem sei se a perdi, se alguma vez tive tal coisa. Acho que é por isso que nem me lembro como foi que aqui cheguei, deve ter sido sorte se calhar, bem, sorte não, eu não acredito nem em sorte nem em destino, recuso-me a acreditar que as vidas podem ser guiadas pelo acaso, ou que estamos destinados a percorrer um determinado caminho como fazem os comboios, sem hipótese de mudar o rumo. Mas e afinal acredito eu no quê? Pois, é mesmo isso que eu gostava de saber, há mais de 10 anos que estou nisto, e nem um milímetro progredi. Será físico, será psicológico, químico? Ou melhor, matemático? Astronómico! talvez um bocadinho de tudo? Um corpo físico frágil, psicologicamente desequilibrado, desencadeando reações químicas, impossíveis de contabilizar, e tudo isto por influência dos astros.
Pessoa falava de o corpo como um vaso, eu falo do corpo como um caminho, a nossa alma o mapa, o dificil mesmo é entende-lo.
Faço eu o quê, se não tenho mapa?

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

violenta forma de querer

Não consigo acalmar este sentimento, não consigo para este coração, que teima em bater desenfreadamente como se não houvesse amanhã, só, e simplesmente, por uma mera promessa de avistamento.
É o que basta, ser visto, ver, e ele desobedece-me, esquece-se que, por quem já não deve bater assim, e bate com tanta força, tão rápido, que as vezes penso que me vai sair do peito, para ir, para seguir outra vezes quem não devo!
Pedra em vez de coração, peço eu ao escuro, e água em vez de sangue.
Se fosse de pedra, não me ia pesar tanto como me pesa agora, que é de carne, se fosse água, não me aquecia nas veias só por uma promessa de miragem, se fosse pedra não sentia dor, se fosse água, já não tinha medo do amor.

Esta violenta forma de querer, fura os meus olhos como uma nascente fura a terra, a pedra, e de lá brota um rio, este meu rio que continua a crescer, e inundar-me de mais e mais água, aumentando o seu caudal, alargando as suas margens, levando tudo pela frente, imparável.
Só até atingir aquele mar infinito, aquela que é a razão pelo qual ele corre, nesse momento, dissolve-se naquele todo e deixa de ter relevância, sentido, e é esquecido, que mesmo assim, já ninguém se apercebe, é este rio que encheu aquele mar!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

despertar

...abro os olhos, e volto a fecha-los outra vez.

Não sei que horas são, e também não é nisso que estou a pensar.

Fecho os olhos e fico ali, por momentos, enquanto a realidade cai sobre mim, lentamente, como chuva.

Viro-me para o outro lado da cama, abro os olhos, e fico, assim, só, a olhar.

...já houve uma altura, em tempos, que aquele lado da minha cama tinha alguém, lá, a dormir enquanto eu a observava, acho eu, se não foi tudo só um sonho.

Volto a fechar os olhos, viro-me para cima e respiro, lentamente, muito lentamente.

...abro os olhos, e vejo o tecto do meu quarto, branco, vazio, sem nada, e fico assim por algum tempo, só e simplesmente a olhar o tecto branco e vazio do meu quarto.

Não sei quanto tempo vai demorar, ou se alguma vez será de forma diferente, mas tenho de por os pés de volta na terra, não é justo nem para mim nem para nenhuma das pessoas que estão comigo.
Ela já seguiu com outra vida, está feliz e a viver um sonho, e eu tenho de acordar deste pesadelo, desta demência!
Fiquei mal habituado foi o que foi, eu sempre soube que o meu caminho era para ser feito sozinho, e, por alguma razão, por alguma coisa, sei lá, fui acreditando que era aquilo a minha vida, mas bem lá no fundo eu sempre soube que seria assim que tudo ia terminar, era tudo bom de mais!
Acho que é altura de acordar, ninguém merece ser chorado por tanto tempo, muito menos ela.
Seja como for, foi pelo melhor, eu aprendi umas coisas novas sobre mim, talvez ela tenha aprendido também qualquer coisa, ou quem sabe, ficamos tão burros como quando tudo começou, mesmo assim, a mim tanto me faz, porque neste momento eu só quero mesmo é acordar amanhã, abrir os olhos, olhar para direita, olhar para a esquerda, e olhar para o meu tecto branco e vazio.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

vejo as coisas como elas são...

Os dias e as noites começaram a ser frias novamente.
Esta altura do ano sempre foi a minha preferida, nem sei bem porquê, mas acho que seja porque, com todo este frio, chuva, é nos mais fácil procurar conforto, calor, nos braços de alguém!
É assim que eu vejo o Inverno, a estação da proximidade, das declarações.

Vejo agora claramente as coisas como elas são: rapaz conhece rapariga, rapaz apaixona-se por rapariga! Simples, simples? Nem por isso, muito antes de "rapaz" ter conhecido "rapariga", houve, havia, um momento, talvez dois ou três anos, ou um ou dois segundos, isso pouco interessa, o tempo, quero eu dizer em que nem "rapaz" nem "rapariga" se conheciam, é esse preciso momento, esse tal "passado" moldou tanto um como o outro para que, por mero acaso, sorte, karma, chamei-lhe o que quiserem, eles se conhecessem!

É magnifico como as coisas acontecem, se as vermos de fora, é o que tenho feito ultimamente: tenho me sentado na sala de cinema do meu ego, do meu ser, e tenho visto, observado e analisado tudo o que fiz e não fiz, o que disse e devia ter dito, e no fim, já os créditos vão a meio, faço a mesma pergunta, a pergunta que se faz sempre quando terminamos de ver um filme: será que fazem a continuação?
Uns discutem que era boa ideia, outros acham que seria bom manter o final assim, manter a magia do fim, outros pouco ou nada têm a dizer. Mas e eu? O que tenho eu a dizer sobre isto? Afinal não fui eu realizador, protagonista, personagem segundaria?
Sinceramente, não faço porra de ideia.

Cá muito no fundo, ainda bate lá qualquer coisa, uma vontade qualquer. Mas está ainda tão profunda que não me consegue dar ainda a força que preciso para começar a escrever um novo guião. Na verdade, tenho medo de o escrever sozinho, e medo de o escrever acompanhado!
Sozinho: posso dizer o que quiser, posso escreve-lo com mais acção ou mais romance, com ou sem drama, ou talvez uma tragédia.
Acompanhado: nem sei, nem como nem quando, ou se alguma vez isso voltará a ser possível.

A única certeza que por enquanto tenho é que tudo o que vou fazer daqui para frente, será novo, de uma maneira ou de outra, será diferente!

pelo menos assim espero eu...